Ativista e educadora, ela assume o cargo com foco na continuidade da memória e no enfrentamento à violência política de gênero.
Publicado em 22/07/2025 às 19:35
Foto: Camila Guedes/ Instituto Marielle Franco
Com um anúncio carregado de simbolismo, o Instituto Marielle Franco comunicou nesta segunda-feira (21) que Luyara Franco, filha de Marielle Franco, assumirá a diretoria executiva da organização a partir do próximo dia 25 de julho. Educadora física, ativista e moradora de favela, Luyara já integrava a equipe como diretora de legado e, agora, passa a liderar a instituição fundada por sua família em resposta ao brutal assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Nas redes sociais, o Instituto celebrou a chegada de sua nova diretora com palavras que reforçam a missão e os afetos que sustentam a organização: “Não se trata apenas de uma troca de cargos. É o movimento de reafirmar o que nos trouxe até aqui: o luto transformado em luta. A dor transformada em ação. Seguimos. Com firmeza, com afeto e com esperança”.
Criado em 2018, o Instituto Marielle Franco nasceu com o propósito de lutar por justiça, preservar a memória, multiplicar o legado e regar as sementes deixadas por Marielle. Desde então, tem sido referência nacional e internacional na defesa de direitos humanos, especialmente no fortalecimento de mulheres negras, pessoas LGBTQIA+ e moradores de periferias. Com ações que vão da pressão por justiça no caso Marielle e Anderson à formação de comunicadores populares por meio da Escola Marielle de Comunicação, a organização tem mantido vivo um projeto político comprometido com a democracia e a equidade.
Com isso, a nomeação de Luyara Franco representa um passo significativo. Sua trajetória junto ao Instituto não começou agora, já que ela esteve presente desde a fundação, acompanhando de perto iniciativas como a Agenda Marielle Franco, o Festival Justiça por Marielle e Franco e campanhas como “Não Seremos Interrompidas”, que denunciam a violência política de gênero que atinge mulheres negras, cis e trans, em todo o país.
O Instituto afirma que a transição foi fruto de um processo construído com escuta, cuidado e planejamento coletivo, e homenageou também lideranças anteriores como Anielle Franco, Lígia Batista e Diana Mendes. Agora, com Luyara à frente, a organização reafirma sua força e seu compromisso com o legado deixado por Marielle Franco.
“Essa transição é resultado de um processo construído com escuta, cuidado e planejamento coletivo. Um passo que honra o caminho percorrido até aqui por lideranças como Anielle Franco, Lígia Batista e Diana Mendes e que fortalece ainda mais o papel da família Franco no processo de defesa e cultivo do legado de Marielle”, destacou o instituto.
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