Projeto desenvolvido em Ribeira do Pombal busca combater a pobreza menstrual com inovação de baixo custo e impacto ambiental positivo.
Publicado em 03/10/25 às 18:20
Foto: Maria Luiza
A luta pela dignidade menstrual ganhou um reforço inovador vindo da Bahia. Estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral Professora Sílvia Ferreira de Brito, em Ribeira do Pombal, desenvolveram um absorvente sustentável feito com fibra da bananeira, alternativa de baixo custo e alto poder de absorção. O produto, que após o uso pode ser transformado em adubo, surgiu como resposta ao desafio proposto pelo professor Allan dos Santos, que incentivou a turma a pensar em soluções científicas para melhorar a realidade de suas comunidades.
De acordo com o Instituto Locomotiva, 52% das mulheres brasileiras já enfrentaram a pobreza menstrual em algum momento da vida. Sensibilizados por essa realidade, os estudantes debateram como poderiam contribuir e encontraram na bananeira um recurso acessível e eficiente. “Retiramos a fibra, buscamos formas de esterilizar para evitar fungos e fizemos os testes de absorção de líquidos”, explica a aluna Mirelly Santana.
O projeto contou com apoio pedagógico da Secretaria da Educação da Bahia e a parceria da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que auxiliou nos testes de laboratório, além do acompanhamento ginecológico da Clínica Dr. Celso. Atualmente, a equipe já se mobiliza para patentear a ideia e buscar parcerias para viabilizar a produção em maior escala.
“Por ser de baixo custo tanto na produção quanto na aquisição, acreditamos que é viável a sua comercialização em pequena e grande escala. Por isso, estamos buscando parceiros na iniciativa privada”, destacou o estudante Antonio Kelvin.
Além de Mirelly e Antonio, a iniciativa reúne outros seis jovens – Bianca de Oliveira, Guilherme Malta, Laiza Victória e Ana Raquel – sob coorientação dos professores Juliana Ribeiro, Valderlanea Nobre, Damião Cardoso, Sandoval Caitano e Elizângela Costa.
Para o professor Allan, o projeto reforça a importância de aproximar ciência e juventude. “Quando unimos conhecimento científico ao espírito empreendedor, damos aos jovens não apenas ferramentas para aprender, mas também para criar soluções que impactam a sociedade, despertando a curiosidade, estimulando a criatividade e mostrando que a ciência pode transformar realidades”, afirma.
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